24 de novembro de 2010

A internet e o amadorismo jornalístico

Fábio Seixas, ex-editor de esportes e atualmente colunista na Folha de S. Paulo, nesta entrevista fala dos rumos que o jornalismo está tomando. A discussão inclui o poder da informação, que hoje pode ser transmitida por qualquer pessoa via internet.




As dificuldades que o jornalista esportivo enfrenta no dia a dia é outro ponto abordado por Fábio. O colunista fala que o trabalho do jornalista esportivo acontece no lazer dos outros. Enquanto a maioria das pessoas se diverte, o profissional que lida com esportes tem os dias de mais trabalho nos finais de semana. Mas, para Fabio Seixas essa não é o maior problema da profissão. O amadorismo do esporte no Brasil está entre as maiores dificuldades: “o cara te dá uma informação e meia hora depois simplesmente muda o discurso porque levou uma bronca ou viu que não é conveniente pra ele dizer aquilo”. Fabio afirma que falta compromisso com o profissional para quem foi cedida a informação. Outra dificuldade é o fato de muitas pessoas considerarem o jornalismo esportivo uma área menor dentro do jornalismo, “uma área que não deve ser levada a sério”. Apesar de apontar o problema, o jornalista considera com o fato de Copa do Mundo e Olimpíadas serem realizadas no Brasil o profissionalismo do jornalismo esportivo vai aumentar. “Para quem quer trabalhar com esporte, não só em termos de abertura de vagas, de salário, mas de profissionalização da função das pessoas ao redor do esporte acho que há uma perspectiva muito boa”.


No vídeo abaixo, Fábio Seixas fala sobre a rotina de um jornalista esportivo:



Em relação ao que atualmente é produzido na TV, Fábio Seixas considera que o esporte está no limite entre jornalismo e entretenimento.





Escrito por Evelim Covre