Ao ler mais atentamente os cadernos de esportes dos jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo de hoje me questiono como matérias com os mesmos assuntos podem ter abordagens tão distintas. No Estado de S. Paulo as matérias tem uma visão mais positiva enquanto a Folha de S. Paulo evidência o negativo sobre os mesmos assuntos. Por exemplo, na matéria sobre as negociações internacionais entre os atletas, o jornal Estado de S. Paulo destaca “Fifa promete clareza nas transferências”, enquanto na Folha de S. Paulo “Fifa impõe rede e alija time menor”.
No Estado os outros títulos são: “Neymar investe em ‘inclusão digital”, “Palaia diz que acerta salários do Palmeiras hoje”, “Internazionale mostra poder de fogo de campeã” e “Time de Bernardinho encara ‘favoritismo’ da Polônia”. No caderno de esportes da Folha os títulos são: “O sonho acabou”, “Sem resultados”, “Pior time do Brasil se diz abandonado”, “Santos tropeça em times fracos e perde arrancada” e “Brasil busca identidade perdida”. Apenas a matéria “CBF ganha acervo para museu” se diferencia das demais e mostra uma visão positiva sobre o assunto.
Outra questão analisada é que apesar da maioria das matérias serem sobre futebol, a Folha de S. Paulo deu destaque para o basquete feminino, sendo inclusive capa e primeira página da edição de hoje. No Estado de S. Paulo o mesmo assunto não ganhou tanto destaque, apenas uma chamada na primeira página e a última página do caderno de esportes.
No total as matérias publicadas no Estadão foram sete, cinco sobre futebol e uma sobre basquete e vôlei. As notas também foram sete, quatro sobre futebol, uma sobre vôlei, uma tênis e a última sobre golfe. No jornal Folha de S. Paulo de hoje, não é diferente, também são sete materias, seis sobre futebol e uma sobre o time de basquete feminino. As notas analisadas foram oito, sete sobre futebol e uma sobre ginástica artística.
Escrito por Mayara Veiga